O financiamento é uma alternativa cada vez mais comum para quem deseja adquirir um bem de alto valor — como um imóvel, veículo ou equipamento — sem a necessidade de desembolso imediato. Mas você sabe exatamente como funciona o financiamento? Entender os tipos, etapas, encargos e condições contratuais é essencial para tomar uma decisão segura e sustentável.
Neste artigo, explicamos como esse processo ocorre, quais cuidados são necessários e como escolher a melhor opção para seu perfil financeiro.
Continue a leitura e tire as suas dúvidas.
O que é financiamento e quando ele é utilizado?
Financiamento é uma
forma de crédito em que o banco ou instituição financeira
antecipa o valor necessário para a aquisição de um bem ou serviço. Em troca, o contratante se compromete a devolver esse valor em
parcelas, com acréscimos de juros e encargos acordados em contrato.
É uma solução que possibilita concretizar objetivos importantes mesmo sem o valor total disponível à vista.
Como funciona o financiamento na prática?
Para entender como funciona o financiamento, é importante conhecer as etapas básicas envolvidas:
- Análise de crédito: a instituição avalia a capacidade de pagamento do cliente com base na renda, histórico financeiro e perfil de risco.
- Aprovação da proposta: após a análise, o crédito é aprovado conforme os critérios internos da instituição.
- Formalização do contrato: são definidos o valor liberado, número de parcelas, taxas, prazos e eventuais garantias.
- Liberação dos recursos: o valor financiado é, geralmente, transferido diretamente ao fornecedor do bem ou serviço.
- Pagamento das parcelas: o contratante inicia os pagamentos mensais até a quitação total do contrato.
Variáveis que influenciam o financiamento
Alguns fatores impactam diretamente o custo e a viabilidade da operação. Entre os principais:
- Valor financiado: quanto maior o valor, maior a exposição ao risco e os encargos.
- Taxa de juros: pode ser fixa, variável ou híbrida, conforme o contrato.
- Prazo de pagamento: influencia no valor das parcelas e no custo final do crédito.
- Sistema de amortização: os mais usados são SAC (parcelas decrescentes) e Price (parcelas fixas).
- Garantias exigidas: imóveis, veículos ou fiadores podem ser exigidos como segurança da operação.
Tipos de financiamento mais comuns no mercado
Financiamento habitacional
Voltado à
compra, construção ou reforma
de imóveis, esse tipo de crédito oferece prazos longos (até 35 anos) e taxas mais baixas, principalmente quando envolve garantias como
alienação fiduciária. É regulamentado por programas como o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Financiamento de veículos
Indicado para compra de carros, motos e veículos utilitários.
O próprio bem adquirido geralmente é usado como garantia, o que facilita a aprovação. Os prazos costumam variar de 12 a 60 meses, com taxas que variam conforme o perfil do comprador e o ano do veículo.
Financiamento estudantil
Utilizado para custear
cursos de graduação e pós-graduação, com carência para início do pagamento. O
FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) é um dos exemplos mais conhecidos, voltado para estudantes de baixa renda matriculados em instituições privadas.
Financiamento empresarial
Atende necessidades de empresas que buscam recursos para
expansão, modernização, aquisição de máquinas ou capital de giro. Pode envolver análise de viabilidade econômica e apresentação de garantias reais (como imóveis) ou fidejussórias (como avalistas ou sócios).
Juros e encargos: O que você precisa analisar antes de contratar
A
taxa de juros é um dos principais fatores que determinam o custo total de um financiamento. Ela pode ser apresentada de três formas:
- Juros fixos:
permanecem iguais durante todo o contrato, facilitando o planejamento.
- Juros variáveis: acompanham indicadores econômicos, como a Selic ou o IPCA, e podem oscilar ao longo do tempo.
- Taxa híbrida: combinação de uma taxa fixa com um indexador, comum em financiamentos habitacionais.
A escolha do tipo de juros
influencia diretamente na previsibilidade e no valor final a ser pago.
O que é o Custo Efetivo Total (CET)?
O CET representa o valor real do financiamento, considerando
juros, tarifas, seguros e demais encargos obrigatórios. É uma informação exigida por lei (Banco Central do Brasil) e deve ser cuidadosamente avaliada, pois
reflete o custo total da operação — não apenas a taxa anunciada.
Como comparar financiamentos de forma eficiente
Antes de contratar, é fundamental analisar além da taxa de juros. Veja os principais pontos que devem ser considerados:
Itens que merecem atenção:
- Compare sempre o CET, não apenas os juros nominais.
- Verifique o prazo total e o valor final a ser pago ao longo do contrato.
- Entenda o sistema de amortização:
- SAC: as parcelas começam maiores e diminuem com o tempo.
- Price: parcelas fixas, mas com maior custo final em juros.
- Confirme se há possibilidade de antecipar parcelas sem penalidade.
Use simuladores a seu favor
Ferramentas de simulação, disponíveis nos sites de bancos e financeiras, ajudam a comparar cenários diferentes, visualizar o impacto de taxas e prazos, e
tomar uma decisão mais segura
com base em dados concretos.
Financiamento ou consórcio: Qual é o mais vantajoso?
Ambas as modalidades permitem a aquisição de bens com pagamento parcelado, mas funcionam de formas diferentes.
Financiamento: o crédito é liberado imediatamente após a aprovação, com cobrança de juros. É ideal para quem precisa do bem com urgência.
Consórcio: o valor é pago mensalmente sem juros, mas com taxa de administração. A liberação do bem ocorre por sorteio ou lance, o que exige mais paciência e planejamento.
O consórcio pode ser mais econômico no longo prazo, enquanto o financiamento atende melhor quem precisa de agilidade.
Cuidados ao contratar um financiamento
Assumir um financiamento exige responsabilidade e planejamento. Veja os principais riscos e boas práticas:
Riscos comuns
- Comprometer mais de 30% da renda mensal com prestações, o que pode desequilibrar o orçamento.
- Ignorar o impacto dos juros acumulados ao longo do prazo.
- Optar por prazos longos sem considerar o custo total da operação.
Boas práticas para tomar uma decisão segura
- Leia o contrato com atenção, inclusive cláusulas sobre multas e encargos.
- Simule diferentes prazos e taxas para entender a melhor opção.
- Mantenha sua reserva de emergência intocada para imprevistos.
- Consulte um contador antes de assinar o contrato, especialmente em financiamentos mais altos ou de longo prazo.
Quando o financiamento pode ser uma escolha estratégica?
Em muitos casos, o financiamento é uma solução viável e inteligente — desde que bem planejado. Ele pode ser indicado quando:
- O bem é essencial, como um imóvel, veículo ou maquinário.
- Não há capital disponível para pagamento à vista.
- O custo do crédito está dentro de uma faixa segura para o seu orçamento.
- A aquisição pode gerar retorno direto ou indireto, como imóveis para aluguel ou equipamentos para a empresa.
Com análise adequada e organização financeira, o financiamento pode permitir a realização de objetivos importantes sem comprometer sua estabilidade econômica.
Perguntas frequentes
Como é que funciona o financiamento?
No financiamento, uma instituição financeira antecipa o valor de um bem ou serviço, e o contratante paga em parcelas mensais com juros, taxas e encargos definidos em contrato. O crédito é liberado após análise e aprovação.
Quais são os tipos de financiamento existentes?
Os principais são: financiamento habitacional, de veículos, estudantil e empresarial. Cada um tem prazos, garantias e regras específicas, conforme o objetivo e o perfil do contratante.
Como é calculado o valor das parcelas de um financiamento?
As parcelas são calculadas com base no valor financiado, taxa de juros, prazo de pagamento e sistema de amortização (SAC ou Price). O CET também influencia no custo final.
O que é CET e por que ele é importante no financiamento?
O Custo Efetivo Total (CET) representa o valor real da dívida, incluindo juros, taxas, seguros e encargos. Ele permite comparar propostas com mais precisão e transparência.
Quais são as formas de juros em um financiamento?
Os juros podem ser fixos (iguais do início ao fim), variáveis (ligados a índices como Selic ou IPCA) ou híbridos (combinação de fixa com indexador). Cada modelo afeta o valor final.
Qual a diferença entre financiamento e consórcio?
No financiamento, o crédito é liberado na hora, com juros. No consórcio, não há juros, mas a liberação depende de sorteio ou lance, e há taxa de administração.
É possível antecipar parcelas do financiamento?
Sim. A antecipação de parcelas é permitida por lei e pode gerar economia nos juros, principalmente em contratos com juros compostos. Verifique se há cobrança de tarifas no seu contrato.
Quais documentos são exigidos para contratar um financiamento?
Em geral, são solicitados documentos pessoais, comprovantes de renda e residência, além de informações sobre o bem ou projeto a ser financiado. Empresas também precisam apresentar documentos societários.
O que acontece se eu atrasar o pagamento do financiamento?
O atraso pode gerar multa, juros, negativação do nome e até a perda do bem financiado. Alguns contratos também preveem cláusulas de vencimento antecipado em caso de inadimplência.
Quando vale a pena financiar?
O financiamento pode ser vantajoso quando o bem é essencial, o custo do crédito é acessível e não há capital disponível para pagamento à vista. Um planejamento financeiro é essencial.
Por que o sistema de amortização influencia tanto no custo do financiamento?
Porque ele define como os juros são aplicados sobre o saldo devedor. No sistema SAC, as parcelas começam maiores e diminuem; no Price, as parcelas são fixas, mas o total pago em juros costuma ser maior.
O que é alienação fiduciária e por que ela aparece no contrato de financiamento?
É uma forma de garantia em que o bem financiado fica no nome do credor até a quitação total da dívida. Se houver inadimplência, o banco pode retomar o bem com mais agilidade judicial.
A taxa de juros anunciada no financiamento é sempre a que será cobrada?
Não. A taxa anunciada é a “a partir de”, e a taxa real varia conforme o perfil de crédito, prazo e valor financiado. Por isso, o CET é mais confiável para comparar propostas.
Existe imposto sobre o financiamento?
Não há imposto sobre o valor financiado, mas os contratos geralmente incluem taxas administrativas, seguros obrigatórios e IOF, que impactam diretamente no custo total.
Posso usar o FGTS para abater parcelas ou dar entrada em um financiamento?
Sim, no caso de financiamento habitacional pelo SFH, é possível usar o saldo do FGTS para entrada, amortização ou quitação, desde que cumpridos os critérios definidos pela Caixa Econômica Federal.
Financiamentos com juros baixos sempre são mais vantajosos?
Nem sempre. Juros baixos com prazos muito longos podem gerar um custo final mais alto. É preciso avaliar o prazo, o CET e a capacidade real de pagamento mensal.
O valor da entrada interfere nas condições do financiamento?
Sim. Quanto maior a entrada, menor o valor financiado, o que reduz os juros e melhora as condições de aprovação. Em muitos casos, isso também influencia na taxa de juros ofertada.
É possível renegociar um financiamento em andamento?
Sim. É possível solicitar revisão de condições, prazo ou taxas. A renegociação depende da política da instituição financeira e da sua capacidade de pagamento no momento.
Quem tem CNPJ pode financiar em nome da empresa?
Sim, empresas podem contratar financiamentos para compra de bens, equipamentos ou capital de giro. A análise de crédito será feita com base no faturamento, histórico e garantias apresentadas.
Como financiar uma casa sem entrada?
É possível por meio de programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, ou em casos específicos aprovados pelo banco. Contudo, isso pode elevar o valor das parcelas e dos juros.
Quanto fica 30 mil financiado em 48 vezes?
Depende da taxa de juros aplicada. Com uma taxa média de 2% ao mês, o valor da parcela fica em torno de R$ 1.058, resultando em um total aproximado de R$ 50.784.É recomendado fazer simulações.
Quanto fica a parcela de um financiamento de 20 mil?
Com uma taxa de 2% ao mês em 36 vezes, a parcela gira em torno de R$ 788, com um custo total próximo a R$ 28.368. O valor pode variar conforme o banco e o perfil do cliente.
Qual o melhor banco para financiamento?
Depende do tipo de financiamento, perfil do cliente e taxa de juros oferecida. Bancos como Caixa, Itaú, Bradesco e Santander oferecem boas condições; comparar o CET é essencial para a escolha.
Contabilidade e auditoria | Segato Contabilidade
Agora que você já entendeu como funciona o financiamento, fica mais fácil avaliar se essa é uma opção viável para seus objetivos. Saber
comparar
propostas,
analisar
o custo total e se
planejar
para o pagamento das parcelas são atitudes que fazem toda a diferença na hora de contratar crédito com segurança.
Se você está pensando em financiar um imóvel, veículo ou investimento para sua empresa, conte com o apoio de um
escritório de contabilidade para avaliar os impactos fiscais e montar um planejamento financeiro inteligente.
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