Gestão de riscos corporativos: qual é o papel da auditoria?

Se você é gestor de uma empresa, sabe que antecipar os riscos corporativos não é uma tarefa fácil. São muitas variáveis para analisar e muitas áreas que podem ficar expostas a riscos.

Neste sentido, a auditoria cumpre um papel importante para identificar os riscos e fornecer as informações necessárias para um planejamento estratégico assertivo.

Continue a leitura deste artigo para entender qual o papel da auditoria no processo de gestão de riscos e descubra como implementar em sua empresa!

A auditoria na gestão de riscos corporativos

O papel da auditoria é auxiliar as organizações nas tomadas de decisões avaliando os riscos de forma preventiva.

Dessa forma, o principal objetivo da auditoria é garantir a autonomia do conselho administrativo da organização para que:

• As ações da gestão de riscos corporativos da empresa aconteçam de acordo com o planejamento;
• Os processos da gestão de riscos tenham uma estrutura sólida;
• Observar se as medidas para minimizar estão adequadas e eficazes.

Portanto, a auditoria possui uma função estratégica na empresa à medida em que ajuda a atingir os seus objetivos operacionais.

Isso acontece por meio de controles internos voltados para a melhoria contínua dos processos e para a mitigação dos riscos.

A auditoria pode ser interna, que é quando membros da própria organização assumem a posição de auditores ou externa quando a empresa contrata outra instituição para exercer essa atividade.

Vale ressaltar que uma não exclui a outra de modo que pode ser vantajoso utilizar as duas de forma complementar. 

Qual é a importância desse processo?

Este processo é fundamental para elevar a qualidade da administração e para promover um certo nível de segurança quanto aos objetivos da empresa. Em especial no que diz respeito a:

• Eficiência e efetividade operacional;
• Informações financeiras confiáveis;
• Seguir normas e regulamentos.

Para cada um desses elementos existe a possibilidade de acontecer um resultado negativo. O processo de gestão de riscos corporativos é justamente tomar ações capazes de mudar as probabilidades de modo que elas sejam maiores para resultados positivos do que para negativos.

Como o risco é um componente inerente à atividade de todas as empresas, ele precisa ser considerado nas decisões dos gestores da empresa.

Ao mesmo tempo, eles devem aplicar um conjunto de estratégias para detectar e prevenir os riscos.

A interdependência entre gestão de riscos, objetivos e tomada decisão concede ao processo uma importância estratégica. 

Ou seja, para tomar as melhores decisões em direção aos objetivos da empresa, a gestão de risco deve integrar o processo de planejamento estratégico.

Como fazer a gestão de riscos na sua empresa?

A gestão de riscos de uma empresa pode ser realizada por meio de diversas metodologias. Uma delas é Enterprise Risk Management Framework criada pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO).

Esta metodologia consiste na aplicação de uma matriz tridimensional que integra os componentes da gestão de riscos com os objetivos e níveis da estrutura organizacional da empresa.

Dessa forma, o primeiro nível apresenta oito categorias da gestão de riscos:

1. Ambiente interno;
2. Fixação de objetivos;
3. Identificação de eventos;
4. Avaliação de riscos;
5. Resposta aos riscos;
6. Atividades de controle;
7. Informação e comunicação;
8. Monitoramento.

A segunda dimensão abrange as categorias dos objetivos da empresa:

1. Estratégia;
2. Operação;
3. Comunicação;
4. Conformidade.

Já a terceira apresenta a estrutura da empresa:

1. Subsidiária;
2. Unidade de Negócio;
3. Divisão;
4. Nível de organização.

A proposta é utilizar esta matriz para aperfeiçoar o controle interno da organização explorando a interdependência das três dimensões.

Por exemplo, um risco de conformidade pode ser identificado em uma determinada divisão da empresa por não estar seguindo as normas fiscais, o que pode gerar multas e penalidades que impactam na rentabilidade da empresa.

Depois de identificar os riscos, os auditores precisam analisar o impacto de cada um deles, bem como sua probabilidade. A partir daí cria-se um mapa de risco organizado de acordo com o fator prioridade.

Assim, é possível elaborar um plano de ação para eliminar os riscos de maior impacto e probabilidade primeiro.

Dependendo da fase de maturidade da empresa, não é possível destacar um time para fazer a gestão de riscos internamente. Nesses casos, a organização pode contratar uma empresa especializada em gestão de riscos.

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